Há
tempos, o colesterol alto deixou de ser uma doença de adultos. Cada vez mais,
crianças são diagnosticadas com o colesterol fora do padrão. E isso se deve à
diferentes fatores: a genética tem influência, mas a alimentação e o estilo de
vida são aspectos que podem definir muito do futuro das crianças.
O
colesterol é uma gordura necessária no nosso organismo, sua maior parte é
produzida no fígado e somente um terço vem da alimentação. Esta gordura é
dividida em dois tipos: o HDL é o colesterol bom que vem das frutas, azeite,
nozes e castanhas. O colesterol ruim LDL é o que vem das comidas fast-food como salgadinhos, carnes
gordas, embutidos, biscoitos e sorvetes.
O
problema inicial de um alto nível de LDL é que ele não manifesta nenhum
sintoma, e somente a partir de um exame de sangue é que se pode diagnosticar, e
geralmente é uma surpresa para os pais descobrir que seus pequenos já têm
colesteterol alto. Outro fator que dificulta o diagnóstico é a ideia errônea de
que o colesterol alto está relacionado à obesidade. O excesso de peso pode
levar à um colesterol alto, mas essa relação não é a regra. É perfeitamente
comum crianças magras apresentarem colesterol alto.
O que fazer para evitar
Uma
boa alimentação, baseada em colesterol bom, refeições regradas e merendas
saudáveis é essencial para manter a criança saudável. Salgadinhos, bolachas
recheadas, chocolates e refrigerantes podem ser consumidos com moderação em ocasiões
pontuais, mas não devem fazer parte da rotina de uma criança.
A
prática frequente de atividade física também é relevante, elas não precisam ser
exaustivas, e sim prolongadas. São recomendados 50 minutos por dia de brincadeiras infantis ou esportes que promovam o
exercício físico.
Como cuidar quando a criança já está com os
índices alterados
Os
pais devem buscar ajuda profissional para elaborar uma dieta saudável para a
criança. Esta pode ser a maior dificuldade que os pais vão enfrentar, pois eles
terão que fazer uma reeducação alimentar junto com os seus filhos, que consiste
em substituir o colesterol ruim pelo bom, e isso pode significar sacrifícios na
rotina da família. Cabe a todos, pais e educadores, cuidar da dieta da criança.
Pode ser difícil mudar a rotina e os hábitos alimentares, ainda mais naqueles
momentos em que a criança tem um acesso de birra para fazer com que os pais
atendam seus desejos. Os pais têm de ser pacientes e persistentes, e não ceder
às pressões dos filhos quando eles derrubam as primeiras lágrimas.
Conversar
com as crianças e explicar a elas como isso é importante pode ter uma boa
influência no tratamento, pois se a criança se engajar na dieta, será muito
mais fácil para ela aceitar a nova comida.
O exercício físico também é fundamental. Caso as crianças não tenham espaço dentro de casa
para correr e se exercitar, leve-as a um parquinho, proponha brincadeiras,
convide os amiguinhos. Estes momentos podem melhorar não só a saúde, mas as
amizades, a sociabilidade e o bem-estar da criança; o quadro necessário para um
desenvolvimento infantil pleno.
Quais as consequências para a vida adulta
Uma criança saudável é um adulto saudável. Quando
não tratado desde cedo, o colesterol alto pode ter consequências na vida
adulta, desde afetar o coração e o cérebro até causar amputações, aneurismas
infarto e derrames.
Por isso, vamos cuidar bem de nossas
crianças, fazendo exames pelo menos uma vez ao ano para um diagnóstico precoce
da doença e promovendo a elas uma qualidade de vida para que possam se
desenvolver e despertar todo o potencial humano!